Porque Sim

Terça-feira, 30 de Setembro de 2008

Nem sei por onde começar, tantas foram as peripécias destes dias.

No sábado tinha pensado em desabafar para o meu blog,mas foi impossivel.

Decidi que tinha de limpar a minha casa devidamente, pois tinha de tarde uma demonstração  do aspirador Rainbow. Não que fosse comprá-lo mas pelo menos assim senti-me na obrigação de deixar a casa a brilhar.

Mas confesso que o mais interessante de tudo foi sem dúvida o homem...uau que homem.

Só por este facto valeu a pena, ah e também a semana de férias.

Domingo, levantar cedo pois tinhamos de comprar roupa e ténis para o António. Caramba a um Domingo ter de levantar ás 7 e 30 da manhã é obra.

Quando vinhamos para cá, decidimos ir ao Hiper comprar mais paprika cá para casa.

Almoçamos, dormimos uma sesta e fomos para o Staples gastar mais dinheiro a comprar material escolar e foi aí que a minha paciência...pum!

Gastar cerca de 50 Euros em material para disciplinas que nem sei o que fazem ali.

Design, E. Tecnológica e Educação Visual. Nos tempos que correm, onde todo o dinheiro é pouco, ir gastar nestas disciplinas que a meu ver deveriam ser obrigatórias apenas para quem quisesse seguir Artes, foi demais.

Segunda- Feira ainda estava irritada, mas o trabalho foi tanto, que nem dei pelo tempo passar.

Hoje, o dia começou optimamente, recebo uma carta a dizer: Ganhaste 615.810,00 Euros.

Pensei ?... o quê? A minha sorte está a mudar ?

Com tanta fartura, o pobre desconfia.

Liguei para a Deco, responderam que era uma fraude.

Porra, nem ao menos 1.000 Euros?

De maneira, que depois do choque dos 50 Euros na compra do material, ainda estou em estado de choque, pois pensei que finalmente iria ser mais uma milionária neste país.

Meu Deus... já me via com o nosso Cristiano Ronaldo... Com o Brad Pitt.

Não... iria realizar um filme, construir um Hotel de 300 Estrelas, pois menos do que isto não era nada e...e...isso, fugir para o Paraíso.

Pensando melhor é o que vou fazer agora, fugir para o paraiso.

E a cama aqui tão perto.

 

 

 

sinto-me: Que confusão
publicado por alzirota às 22:17

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

Já não me recordo muito bem, com quantos anos comecei a vindimar, mas durante muitos anos, por altura da vindima, lá ia eu e uma carrada de rapazes e raparigas aproveitar as vindimas para fazer algum dinheiro, sempre se comprava mais uma roupa, ou então servia para comprar os livros para a escola, agora a escola começa mais cedo, não temos hipóteses de mandar os nossos filhos, vindimar.

Pode-se dizer que era um trabalho duro, mas também de muita brincadeira, e por muito que os capatazes ralhassem connosco porque só queriamos era brincar, a verdade é que não deixavamos de fazer o trabalho de alguns adultos e como se pode calcular, éramos o que se pode chamar mão de obra barata. E também não deixa de ser verdade, que se nós só queriamos brincadeira, também não deixa de ser verdade, que alguns adultos a seguir ao almoço já estavam com uma daquelas bebedeiras, que se não fossem as crianças...

Em relação à vindima, também tenho na minha memória a hora do almoço...sentávamo-nos debaixo dos pinheiros, pegavamos na "bucha" e toca a comer. Mas os homens do campo, esses, faziam a fogueira onde assavam o bacalhau, ou o toucinho, pegavam num naco de pão e comiam sempre regado com um bom tinto.

Também não deixa de ser verdade que foi no campo que nasceu um prato tradicional da nossa zona "O Torricado" o torricado é o pão assado na brasa, com sal e bem regado com azeite e ainda leva alho. Que prato ...é de comer e chorar por mais.

Enfim, estes tempos eram tempos de alguma privação, tinha que se apertar o cinto, mas a verdade é que por aquela altura, anos 70, principio de 80, o consumismo era uma palavra que não existia, portanto, desde o entretenimento ou à comida, era o estilo de " quem não tem câo caça com gato".

Na minha casa não sei quantas vezes a nossa comida não foi pombo ou borracho estufado, é que tinhamos mais de cem pombos e se havia crise de comida, zás lá ía pombo ou borracho.

E a propósito de pombo, tínhamos um que era a nossa mascote,aliás ele foi o causador de termos aqueles pombos todos, deu em criar de tal maneira que enfim... Também não usava preservativo...

Mas como estava a dizer tinhamos um pombo que se chamava Vicente, era uma loucura com ele, mas coitado, um belo dia quase o confundimos com outro e quase ía para o tacho.

Olho para trás e mais do que saudosismo, coisa que não me seduz nada, tenho de sorrir porque a vida era curtida sem pressas, sem stress. E de facto qualquer inovação era uma festa.

Agora somos confrontados, todos os dias, com campanhas de marketing sobre tudo e sobre nada.

E uma boa campanha de marketing faz vender imenso. Isto vem a propósito de um livro que têm vendido uma brutalidade e que se chama "O Segredo" , não percebo o que ele tem de mais. Pura e simplesmente não me diz nada. Tenho nas minhas mãos um livro do mesmo género de Joseph Murphy e que se chama "O Poder do Subconsciente" este livro foi publicado em 1983 pelo Círculo de Leitores, não sei se teve o sucesso do "Segredo", creio que não, mas para mim é bem mais interessante que "O Segredo". Coisas da Publicidade.

Mas já viram como as conversas são como as cerejas, comecei com a vindima e acabo com o livro "O Segredo". Pois é, hoje decidi, dar umas pinceladas nas ideias.

sinto-me: sem comentários
publicado por alzirota às 23:09

Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Aqui estou depois de uns dias de interregno.

A questão é que por vezes o cansaço, tira-nos a necessária inspiração para podermos escrever qualquer coisa.

Hoje acordei como habitualmente. Nem muito bem , nem muito mal disposta, melhor dizendo, acordei nim.

Cheguei ao meu local de trabalho por volta das 9 Horas e 3 minutos.

Sabia que tinha muito que fazer e lancei-me com toda a vontade ao computador.

Cheguei à conclusão que embora eu tivesse cheia de vontade, o meu parceiro computador não estava minimamente para ali virado.

A impressora não imprimia. Pensei ...deu-lhe um Vipe.

Desliguei a dita cuja, mexi nos fios, enfim, nada.

Mais tarde, depois de eu já deitar fumo por tudo quanto era sitio, decidi que o melhor era ligar ao técnico dos computadores. Nem de propósito, a Impressora decidiu começar a imprimir.

Raios, lembrei-me de imediato quando o meu filho, em pequeno, sem mais nem menos tinha muita febre. Toca a tocar a rebate e levá-lo ao médico, chegavamos a meio caminho e a febre "já era". Voltavamos para trás.

Parece-me que a impressora assustou-se com a possivel vinda do técnico.

Entretanto, tive de ir tirar fotocópias, mas as máquinas hoje não quiseram nada comigo e decididamente até as mesmas, não saíam nada em condições.

Meu Deus, que mais me irá acontecer?

Depois de umas quantas folhas estragadas, lá começou a funcionar.

Tinha chamadas para fazer, mas do outro lado da linha, surgia a voz gravada dizendo que de momento, não era possivel atender.

E que tal se eu decidisse ir para casa? Se tudo estava contra mim, era melhor que continuar a ganhar enxaqueca.

Neste momento, perante o "galo" que tenho tido ao longo do dia, já estou a pensar, se devo fazer ou não jantar... quem me diz que não  vou queimá-lo ?

Á dias em que vale mais não sair de casa.

 

sinto-me: bota abaixo
publicado por alzirota às 16:55

Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008

Quando se é pobre, não se pode ambicionar grandes feitos ou comemorações.

Tanto mais que como me portei mal, para com Deus e os homens, a minha avó decidiu que me pagava a boda em conjunto com a minha madrinha de casamento que também era minha tia e madrinha de baptizado, pois os meus pais não tinham posses para tal, bem como eu ainda não trabalhava e o meu futuro marido, não estava em melhores condições financeiras.

Mas eu tinha era de casar, pois era um escândalo estar solteira e grávida.

Case-se a rapariga e pronto, a afronta já era um mal menor.

Os convidados foram a familia mais chegada e os padrinhos de casamento. Ninguém mais. Ao todo catorze pessoas.

Casei com um vestido curto pois achei que perante o pecado que cometera, qual Eva, não merecia ir de outra forma, quando o escolhi  foi o mais barato que apareceu, também para quê gastar dinheiro, que até não tinha, por um fato que seria usado apenas por algumas horas? A barriga crescia e o fato, pum ,deixava de servir.

O meu marido optou por comprar um fato amarelo. Sem dúvida fizemos um par, fantástico.

Não me senti uma esposa muito feliz, acabava-se de vez a minha liberdade e partia para um futuro incerto e perante a gravidez inesperada, o aumento de uma responsabilidade para a qual não me sentia preparada.

Mas o meu dia de casamento que foi a 25 de Maio, não deixou de ser um dia bem disposto, o padrinho de casamento do meu marido e o amigo que o acompanhou, também foram os únicos convidados do lado do meu marido,era uma pessoa muito bem disposta e não houve ninguém que não se tivesse divertido.

Pela noite decidimos ir até à festa de Meca que decorria naquela altura, 10 pessoas dentro de um carro de 5 lugares, 10 não, 11 pois eu já tinha uma barriguinha, saliente.

Não nos agradou e não sei como, acabamos na Marisqueira em Vila Franca, foi melhor todo este tipo de loucura, de todo inesperado, do que se tivessemos preparado qualquer coisa.

Quando fomos para a cama que era apenas de corpo e meio, já estavamos um bocadinho para o alegre e eu sentia-me terrivelmente pesada.

No meio de toda a loucura do dia de casamento, combinamos que a nossa Lua de Mel seria no dia seguinte em Lisboa, mais concretamente, na Feira Popular.

Fantástico, tivemos de ir nos transportes públicos pois não tinhamos nem carro, nem dinheiro para o comprar.

Eu de barriga já um bocadinho para o grande, estava de cinco meses, e os pés inchados, por ali andava, apesar de tudo divertida, a poder visitar a loja que vendia livros de cordel, ou cor-de-rosa, em segunda mão, comprei uns quantos.

O nosso lanche foi 12 caracoletas grelhadas com um molho fantástico. O que não foi fantástico foi o preço que pediram no fim de tudo.

Apesar de tudo, Deus esteve connosco é que nesse Domingo, caíu uma trovoada enorme, aqui para os nossos lados, e em Lisboa, estava um sol radioso e até calor.

Lá voltamos no final do dia para casa, cansados, mas bem dispostos.

A minha segunda noite de casada foi bem melhor que a primeira. infelizmente quando estava a desfrutar de o facto de ter o homem que amava ao meu lado, ele teve de ir trabalhar no dia seguinte.

Vida de pobre assim obriga.

 

 

sinto-me: romântica
publicado por alzirota às 18:27

Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008
...

Hoje decidi prosseguir com um pouco mais da história da minha vida.

Já falei do meu primeiro grande amor. Foi dificil esquecer, talvez porque na aldeia os rapazes nunca foram muito sensiveis, ou muito acessiveis para grandes conversas. Aceitavam-me porque me viam como um deles e não uma deles.

Eu sempre gostei de conversar, e achei que um homem devia de ter compreensão para analisar os problemas das mulheres e não, quando estavam com elas, devorarem com os olhos o rabo as pernas e tudo o resto.

Eu sentía-me pessimamente sempre que isto acontecia. Sentía-me um rebuçado ou qualquer coisa comestível para os homens. Por vezes tinha a sensação que até via a baba cair em alguns deles.

Bom deixemo-nos de coisas tristes e passemos aos factos.

Aos vinte e poucos anos, tive a ilusão que me tinha apaixonado por um vizinho mais velho que eu 9 anos. O namoro ainda durou alguns meses largos. O namoro naquele tempo era muito soft. Muito respeito, muito tudo.

Beijos nem vê-los. E de repente achei que não era o homem ideal para mim. Porquê? Porque não houve quimica,não houve a confiança que para mim era fundamental. Ainda hoje penso que uma relação sem um grau de confiança de ambas as partes, não sobreviverá muito tempo,  então provavelmente é melhor não prosseguir.

Foi este o ponto que me fez apaixonar por aquele que é hoje o meu marido. Nunca me proibiu o que quer que fosse. Respeitou o meu espaço, tal como eu o dele. Ainda hoje assim é.

Dois anos mais tarde desta relação fracassada, conheci o meu marido.

Conhecemo-nos num baile, namorámos em bailes e penso que o casamento até deveria de ter sido num baile. Porque não?

Acredito que muitas das minhas amigas não acreditaram muito nesta relação, até porque o meu marido era tropa, o que significava que finda a mesma, ele partia para sempre.

A verdade porém é que assim não aconteceu.

A minha familia( tios, avó e mãe) tinham a máxima confiança em mim. Compreende-se, eu só via o futebol e sempre se viu mais amor à bola que ao homem.

Acabou a tropa, o meu marido, na altura namorado, terminou a tropa e despedimo-nos num até qualquer dia a soar a despedida para sempre.

Nem dois meses depois, ele estava ao meu lado, a distância da terra dele para a minha era de cerca de 400 km., mas o amor é louco. Durante algum tempo namoramos uns quantos meses à distância e um mês e ver-nos todos os dias, ou seja, emprego para o meu namorado era dificil, pois pelo menos de dois em dois meses vinha ter comigo, e dormia em minha casa, entenda-se casa dos meus pais.

Assim namoramos talvez durante um ano, as coisas foram ficando um pouco descontroladas, pois cada vez que nos encontrávamos a paixão saltitava que nem uma louca. Numa dessas noites, perdi a minha virgindade, pelo meio um susto enorme, ía sendo apanhada pela minha mãe.

As despedidas eram cada vez mais dificeis, e numa noite de amor e medo...sim, porque isto de fazer amor na casa dos pais era complicado, fabriquei a minha filha.

Jesus, a maria rapaz foi capaz de fazer uma coisa dessas? Era a pergunta que toda a gente fazia. E eu pensava... mas então, não tenho os mesmos desejos, as mesmas ansiedades que todas as outras ?

Mas o problema foi a grande desilusão que causei à minha avó, meu Deus, a neta que frequentava a igreja, que era escuteira, que era um exemplo a seguir, engravidou, solteira.

Senti-me terrivelmente mal, acima de tudo porque nessa noite, nem sequer fui capaz de saborear uma noite de sexo decente, a minha mãe uma vez mais surgiu pela frente, e eu perguntei tanta vez, porquê, meu Deus, fizemos tudo a fugir, e engravido?

Confesso, não estava preparada para ser mãe, esposa e acima de tudo ganhar juizo.

Queria abortar, e mandar tudo ás malvas, a minha mãe não deixou e o meu marido, disse-me que a nossa vida iria melhorar pois já tinha arranjado trabalho e nunca mais tinhamos de nos despedir.Lá me convenceu, e casamos.

Mas ainda penso muitas vezes na grande desilusão que causei à minha avó, por vezes ainda é como se visse o seu olhar de dor e desapontamento pelo que fiz.

Em relação à minha mãe, nunca a enganei, ela sempre soube que aquele divã, deveria ter muitos beijos e muitos suspiros para contar.

Amanhã, irei escrever sobre a minha lua-de-mel.

 

sinto-me:
publicado por alzirota às 18:15

Terça-feira, 16 de Setembro de 2008

Então aqui estou pronta a descrever um pouco da passagem do livro com o título "Que Horror! Chamaram-me Senhora! "da escritora Sarah Glattstein Franco.

Para mim tem sido delirante a leitura deste livro.

"Descoberta"

Fazer quarenta anos é fabuloso.Olho-me ao espelho e repito-o lentamente.Quarenta.QUARENTA. Aproveito a primeira sílaba para apreciar o movimento dos lábios.Quarenta, Alibabá e os quarenta ladrões.Em 1940, Hitler entra em Paris.Durante quarenta anos, os judeus vaguearam no deserto.Até 40 de Maio, não desistas...

Na realidade não foi hoje que fiz quarenta anos, mas sim há uns meses atrás quando um tipo (quero dizer, aquele jovem e delicado estudante de Economia) apanhou do chão a confusão de papéis e cadernos que provocou  com a sua correria. De olhos azuis, baixou-se sobressaltado, dizendo, desculpe minha senhora, não se incomode, a sério, eu apanho, minha senhora...

Fiquei petrificada.Não podia acredtar.

MINHA SENHORA! SENHORA, EU!

Olha para mim desgraçado, põe-te quieto e olha para mim, diziam os meus olhos enquanto um balão de banda desenhada por cima da minha cabeça dizia:OLHA-ME PARA AS PERNAS E NÃO ME CHAMES SENHORA!

QUE ME ACONTECEU?!!! voltei-me para confirmar na montra de uma loja que ainda estava na mesma: não muito baixa, não muito gorda, não muito feia...a mesma mulher para quem dezenas de rapazes como aquele (enfim, três ou quatro) tinham olhado, desejado e cortejado até ontem.Que se passava hoje ?

MEU DEUS, QUE GERAÇÃO!

É que no manual que nos deram assim que nascemos estava tudo bem explicado: mesmo olhando atenta e lascivamente para o nosso homem, nenhuma de nós seria capaz de ver nem a sua cintura, nem os seus músculos e a muito custo distinguiríamos entre os seus ombros quadrados e o seu peito peludo.Amen.

Mas o manual não era mau, pelo contrário, era excelente. O que nós queríamos desesperadamente era que o nosso homem grisalho nos seduzisse pela sua inteligência e imprevisibilidade e nunca (Deus nos Livre) pelo seu peito peludo.

Milagrosamente, conseguíamos." Aqui termina a passagem deste capítulo.

Espero que tenham gostado.

 

sinto-me: Jovem
publicado por alzirota às 19:37

Domingo, 14 de Setembro de 2008

De repente caí na real! Já não sou mais menina, sou uma senhora! Brrr... Que horror!

Ao ler a primeira página do livro com o título descrito em cima, senti-me tal e qual a personagem. É que a vida tem sido tão stressante, que não existe tempo para reflectir nestes pequenos pormenores, e por um lado ainda bem que assim é, pois senão dava-me algum "treco" e caía para o lado. Não é uma questão de me sentir mais velha... não, é uma questão de me sentir mais gasta. Até porque para mim a palavra senhora, leva-me a pensar que serei alguém da alta sociedade, ou...alguém com mais idade...nãooooooo!

Estou aqui pronta para as "curvas" que é como quem diz, pronta para a luta, enfim... que tal uma noitada? Uma bebedeira? Um jogo de futebol? Um bailarico até ás tantas sem nunca deixar de dançar? Quem, eu?. O problema é que eu nem gosto de dançar, mas gosto muito de futebol, é claro até que ainda faria o meu gosto ao pé, para aí, cinco minutinhos.

Bom, pronto, terei que ser uma senhora, porque...olhem porque sim. Está dito. Oh, não que tragédia.

Por outro lado, o facto de estar mais madura, não deixa de trazer as suas vantagens, em muitos aspectos.Melhor dizendo, em todos os aspectos. Como já não existe pedalada para certas coisas, então saboreia-se muito mais. Com calma, com gosto, e por vezes um gosto bem refinado.

Portanto, na nossa juventude, temos pressa, corremos para provar de tudo um pouco, mais velhos, já provamos, vamos saborear a vida, pois ela é tão curta, que não devemos desprdiçar nada daquilo que ela nos proporciona, mesmo que por vezes, seja alguma laranja amarga.

sinto-me: Dividida
publicado por alzirota às 11:35

Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

Infelizmente, continuo numa fase de muito pouca inspiração, mas não é só isso como também o trabalho já aperta um pouco mais e o tempo é escasso.

A inspiração é algo que surge quando menos se espera e não quando queremos que apareça de qualquer maneira.

Mas, tal como planeei vou nestes momentos desinspirados transcrevendo alguns textos que considero interessantes.

Hoje escolhi uma passagem do livro de Dalai-Lama "O Caminho para a Libertação".

Ontem pedi para saborearem o beijo, hoje peço-vos um momento de reflexão.

" Fomos atirados para este ciclo de sofrimento pelas ilusões e as acções que elas provocam conhecidas como Karma.Devido à relação de causa-efeito entre as acções e a experiência, passamos a vida perturbados e confusos à mercê de toda a espécie de altos e baixos. Ser totalmente livre do peso dos actos passados e da servidão do desejo, ódio e ignorância, chama-se libertação ou nirvana. Quando conseguimos eliminar as ilusões e o karma através da realização da pureza natural da mente, segue-se a paz total e alcançamos uma completa libertação do ciclo de sofrimento.

Se praticarmos boas acções, tal como salvar as vidas de animais ameaçados de morte, poderemos acumular as condições necessárias para voltarmos a renascer como seres humanos. Se encetarmos seriamente a prática do dharma, poderemos dar continuidade ao progresso espiritual nas vidas futuras.Esta vida é preciosa e imprevisivel, pelo que importa assumir essa prática enquanto temos oportunidade. Nunca se sabe quanto tempo durará esta oportunidade.

O que sabemos, de acordo com as leis do karma, é que os principios da causa e efeito trazem consigo consequências para o futuro."

Assim escreveu Dalai-Lama. Para mim também penso que o pensamento positivo é um passo para a felicidade suprema.

sinto-me: estou em reflexão
publicado por alzirota às 17:13

Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

Pois é, hoje vou escrever sobre o beijo. Melhor, vou escrever algumas alíneas retiradas do livro acima citado e que achei curiosas.

Divirtam-se e saboreiem.

O livro em causa foi escrito por Martine Mairal.

Com a devida vénia, transcrevo:

" A Embriaguez do Beijo"

"O beijo tem uma embriaguez fácil. Fácil e indiscreta. Embriaga-se com palavras. O seu natural lirismo a isso o conduz. Sob o golpe da emoção, depressa lhe sobe à cabeça. O beijo é uma declaração de amor completa.

Da declaração à declamação vai um passo que ele ultrapassa alegremente.

As suas tremuras, os seus arrepios, os seus inefáveis suspiros provocam-lhe febre. Abandona-se então com complacência à hipérbole. Como se colocasse a fasquia demasiado alta e apresentasse a si mesmo o desafio de a saltar uma vez mais. A sua sensualidade serve-se de todos os pretextos para se exaltar. Os cabelos, a cova da nuca, os ombros ou os seios são as vias confessáveis de uma voluptuosidade que pode conduzi-lo, ele sabe-o até à obscenidade."

Amanhã à mais.

sinto-me: Uma beijoqueira
publicado por alzirota às 17:04

Terça-feira, 09 de Setembro de 2008

Aqui estou depois de alguns dias sem poder dar noticias devido ao facto do meu computador ter avariado, pelo que tive de esperar que estivesse ok.

Como prometido aqui vai a primeira história de duas grandes mulheres.

S.B. é uma mulher divorciada que, apesar de tudo, nunca deixou de acreditar no amor e num relacionamento a dois.

Mãe de duas filhas, uma delas de um casamento fracassado e outra de uma relação que também não correu pelo melhor.

Pelo meio, uma relação com alguém que lhe mostrou o pior lado do ser humano.

Embora já se conhecessem, foram os encontros num café que a pouco e pouco se transformou em algo mais sério e como consequência surgiu uma relação de quatro anos.

No inicio, foi como uma lua-de-mel, beijos, abraços, paixão. Ao fim de algum tempo, S.B. apercebe-se que F., (assim vou identificar o parceiro) demonstrava ser um homem possessivo e ciumento.

De inicio começou pela violência psicológica, confrontando-a constantemente com o facto de S. B. ser uma oferecida, e ser uma mulher insaciável. Aguentou, pensando que o tempo viesse a demonstrar a F. que estava enganado.

Algum tempo depois, F. entrou em casa já um pouco alcoolizado, tendo S.B. abordado o facto, ao que o mesmo reagiu dando-lhe uma bofetada. S.B. perante esta atitude, para ela inesperada, nem reagiu. No entanto, a partir daqui nada mais foi igual, a relação agravava-se de dia para dia, chegando ao ponto de F. obrigar S.B. a ter sexo, por vezes com laivos de sadomasoquismo.

O amor no entanto continuava no coração de S.B. que não conseguia abandonar F..

Entretanto S.B. engravida, parecia finalmente existir um pouco de paz e amor naquela relação, combinaram o nome a dar ao futuro bébé.

Finalmente a felicidade...porém por pouco tempo.

Um dia, depois de ter visitado a sua mãe, F. chega a casa transtornado berrando que não quer mais o bébé e que se S.B. não abortasse abandonava-a assim como ao filho de ambos.

Que fazer ? Sózinha e sem condições para poder criar dois filhos, S.B. optou por seguir o que F. queria e abortou.

Nesse mesmo dia, F. decidiu deixar S.B. no meio da rua obrigando-a a percorrer  dois quilómetros de distância até casa. Com dores fisicas, pelo aborto e dores psicológicas por ter praticado algo que não queria e como forma de agradecimento F. abandonava-a no meio do nada.

Desilusão, dor, e como consequência uma depressão depois do aborto.

Nesta fase a raiva e o desespero eram a sua companhia, e S.B. chegou a auto mutilar-se por se sentir impotente, por não conseguir largar este homem que de humano nada tinha. Depois de tudo continuava a amá-lo.

S.B. entrava aos poucos num estado de negação, de não se aperceber de nada que a rodeava, esquecendo-se muitas das vezes que tinha de comer, assim um dia quando F. chegou a casa depois do trabalho S.B. não tinha o jantar feito, F. completamente fora de si, pontapeou-a, esbofeteou-a, S.B. defendia-se conforme podia.

A relação foi-se degradando e os pontapés e as bofetadas já eram uma rotina diária entre ambos.

Até que um dia S.B. abandonou-o...por pouco tempo.

Decidiram recomeçar de novo pois F. garantiu que tinha mudado.

A felicidade durou pouco. Um dia ao entrar num café com F., um senhor conhecido de S.B. cumprimentou-a, F. não resisitiu a perguntar a S.B. se era mais um dos seus amantes.

Finalmente que para S.B. era o toque a rebate que ela necessitava para finalmente ficar livre, de alguém que durante quatro anos manejou-a conforme quis e entendeu. 

 

 

 

sinto-me: sem palavras
publicado por alzirota às 16:27

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