Porque Sim

Sábado, 30 de Agosto de 2008

Assim que aprendi a ler fui encaminhada para ler o mais possivel.

Pelos 7 anos já frequentava a biblioteca itinerante( era uma carrinha com muitos livros que se deslocava ás terras pequenas, para que todos pudessem ter acesso gratuito à leitura), as professoras quase  nos obrigavam a ir.

Para mim era um prazer, comecei com os livros do Noddy, da Anita ( destes não gostava tanto) e todos os permitidos para a minha idade, os senhores da carrinha, eram dois, o motorista e o que nos aconselhava os livros que deviamos ler, bem tentavam que eu lesse os adequados para as meninas, mas eu, uma "maria-rapaz" não queria nem vê-los.

Mais tarde li as Fábulas de La Fontaine e adorei. À medida que ia crescendo, fui tendo cada vez mais interesse em ler livros policiais, eram movimentados, e punham a mente a trabalhar. Fiquei uma fã de Agatha Cristhie, Raymond Chandler , Erle Stanley Gardner e sei lá que mais.

Hoje sou uma fanática por José Rodrigues dos Santos, também gosto de Miguel Sousa Tavares, já li nem sei quantos livros de Isabel Allende e gostei de praticamente todos.

Hoje as bibliotecas itinerantes, se ainda existem,não vêem à Ota, pois Alenquer tem uma Biblioteca e a Junta também tem uma embora esta não seja já à muito tempo renovada por falta de verbas.

Por hoje fico por aqui, é que hoje tive de arregaçar as mangas e começar a fazer as limpezas do ano em minha casa, pois estou de férias.

sinto-me: Cansada
publicado por alzirota às 21:13

Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008

Á medida que ia ficando mais velha, deixou de ter interesse os jogos que eu inventava com as caricas, a cana, (que era o meu cavalo) o jogo da barra, e até o jogo das escondidas passaram aos poucos à história.

Gostava cada vez mais de jogar futebol, de ler , cada vez mais e também de me isolar, era capaz de estar horas sózinha no meu quarto, a escrever, a ler ou a pensar.

Creio que estes momentos de solidão fizeram com que fosse capaz de abordar muitas questões e tentar ter resposta para tudo o que se passava à minha volta.

As minhas amigas, começavam a segredar e dar cotoveladas numas e noutras quando viam algum rapaz bonitão.

Suspiravam na altura, pelo Art Sullivan.

Eu achava que outros interesses se levantavam. A Igreja, o escutismo, o querer ajudar sempre que podia.

Entretanto, começou a surgir o cinema itinerante, todas as sextas ou sábados à noite, havia um filme na colectividade, que na altura era o Ota- Clube.

Juntavamo-nos todas e íamos ver sobretudo os filmes de Gianni Morandi, ou o Bud Spencer.

Ainda recordo, que os filmes de Gianni Morandi eram muito românticos e de fazer chorar até as pedras da calçada. Uma vez choramos tanto, que a gabardina de uma de nós não deu para aguentar as lágrimas de todas. Que molhada ficou.

Sempre gostei de ver filmes de aventura, por cá aparecia muito os de Bud Spencer que era o que enchia sempre a sala. Afinal tinha de se compensar a deslocação do homem até à Ota, e ainda pagar o filme.

Depois da meia-noite, e já depois do 25 de Abril, surgiam os filmes pornográficos. Que nós não podiamos assistir porque não tinhamos idade e porque seria um escândalo se nos atrevessemos a entrar.

Nesta altura começaram a surgir novas amizades, e a curiosidade de ir descobrindo o que estva para lá do sobrenatural. Um dia, juntamo-nos 15 pessoas entre rapazes e raparigas, muitos de nós fazíamos parte do coro ou éramos escuteiros, e como uma de nós tinha o "dom" de falar com os mortos, decidimos fazer uma sessão espírita.

Sentamo-nos à volta de uma mesa, colocamos letras( o abecedário) em papel e números, um pires de cristal( se bem me lembro) seria o que andaria num virote e responderia às perguntas da nossa "médium". Devíamos ter um poder tal, que o grupo de 15 à volta da mesa, foi baixando para 6 onde eu estava incluida. A coisa continuava a não funcionar, pelo que saí também ficando apenas 5. Cheguei à conclusão que eu só dei azar. Assim que saí o pires decidiu começar a girar e a responder à nossa "médium".  Nunca pensamos assistir a algo do género e durante alguns anos, aquilo não nos saiu da cabeça, foi uma experiência inesquecivel. Para nós que assistiamos e para os outros que estavam à volta da mesa. 

Presumo que se nós sentiamos uma energia incrivel cá fora... como será que os outros viveram a experiência? Ainda não à muito tempo, um dos que participou na experiência, não queria falar do que tinha sentido na altura, para ele... alguém do além tinha estado entre nós naquela noite. Quanto a mim, que fui para aquela sessão céptica sobre o que se poderia passar, cheguei à conclusão que mais do que alguém do outro mundo o que sucedeu, foi uma grande concentração das mentes com mais poder para o fazer, e libertaram nessa noite muita energia, de tal forma que o pires se elevou pelos ares.

Li mais tarde que o nosso cérebro é capaz das coisas mais incriveis, o que sucede é que nem todos tem o "dom" para o desenvolver.  

sinto-me: intrigada
publicado por alzirota às 18:58

Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008

Durante muitos anos os correios em Ota estiveram na minha casa.

Era um Posto de Correios, onde quase tudo inerente aos mesmos, se fazia. Desde venda de selos,, telegramas, vales, encomendas, valores declarados (cartas onde se enviava dinheiro), aerogramas ( serviço especial de correspondência que servia para enviar para o Ultramar) e serviço de telefone, pois na altura quase ninguém o tinha, tinhamos de facto muito movimento. Lembro-me que quando do terramoto em 1969 ninguém da minha casa teve direito a comer senão eu e o meu irmão que na altura teria meses. O telefone não parava de tocar, as pessoas corriam aos correios para ligar para os seus familiares, enfim foi uma situação complicada para todos.

Nesta altura também ainda não existia a distribuição de correios, o carteiro deixava o correio em nossa casa por volta das 8,30 da manhã para que os meus pais colocassem as cartas, de forma a poderem ser lidas em voz alta cerca das 9 horas. A casa enchia para saber quem tinha ou não correspondência. As piores situações surgiam quando eram enviados telegramas de hospitais a informar que determinada pessoa que lá se encontrava internada, tinha falecido. Era sempre angustiante e complicado. Uma vez enviaram um telegrama do hospital de S. José a informar que tinha falecido alguém cujo nome era igual a uma residente na minha terra, bom foi terrivel esta situação.

Hoje o PC1 da Ota , assim se chama o Posto, faz praticamente tudo e ainda paga pensões, recebe cobranças, e está devidamente computorizado.

Mas todo esta descrição vem com um propósito bem definido, uma carta normal nos meus tempos de miúda custava 5 tostões e no outro dia estava no destino, e as estradas eram poucas e más, hoje paga-se 31 cêntimos, qualquer coisa como 63 escudos e só chega sabe Deus quando e as estradas são imensas e melhores.

Que evolução!

sinto-me: Sinto-me confusa
publicado por alzirota às 19:16

Terça-feira, 26 de Agosto de 2008

Durante alguns anos, quando chegava o verão, ia passar uns dias a casa da minha tia. Não era fácil para mim ir, porque era agarrada demais às saias da minha mãe,e para além disso, enquanto em casa tinha toda a liberdade do mundo para ir onde queria e me apetecia, lá não tinha hipóteses de sair porque a terra era grande e não se podia andar de qualquer maneira na rua, por isso , o meu coração andava sempre dividido, porque por um lado, queria ir porque tinha praia, por outro não queria, pois não tinha a minha mãe, e assim que acabava a praia, parecia que sufocava ali fechada. Não é que estivesse fechada em casa, mas não tinha a mesma liberdade e para além disso, tinha de dormir a sesta, o que para mim era um horror. Enfim íamos para a praia da Bafureira, uma praia muito bem frequentada, lá conheci um rapaz da minha idade, que falava bem, era atencioso comigo, ensinou-me a nadar, e fiquei fascinada e muito, muito apaixonada. Bem a partir daqui, nos anos seguintes já estava disposta a ir durante o verão para casa da minha tia, assim pode-se dizer que namorei, durante dois a três anos, durante o verão, com o Ângelo, e que namoro...

Assim que chegava à praia, deixava a minha tia e as minhas primas e corria que nem louca para o pé dele, e o que faziamos ? Corriamos para as rochas e gostavamos de ver os caranguejos, os mexilhões, os ouriços do mar, os burriés e um dia até vimos um polvo e era ver os dois correr que nem loucos pelo areal fora com medo de sermos apanhados.

Um dia beijamo-nos, assim a correr, não fosse aparecer alguém. Até que deixei de ir passar as férias com a minha tia e aquele grande amor, foi-se...

Até aos dezoito anos, ainda sonhava com o Ângelo e suspirava por ele.

Hoje não sei o que aconteceu com ele, embora presume que tenha uma vida muito superior à minha.

Até um dia Ângelo.

sinto-me: a suspirar
publicado por alzirota às 22:10

Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008

12 anos... que data importante para mim, consegui nesta altura sentir-me importante e ao mesmo tempo, fazer borrada.

Naquela altura a Ota era atravessada pela Estrada Nacional 1, agora creio que se chama o IC2, esta estrada era bastante perigosa pois como o nome indica, era a principal estrada e não havia carro ou camião que não tivesse que atravessar a Ota, de maneira que os meus pais não me deixavam passar a estrada para o outro lado pois era muito perigoso. Assim, quando fiz os 12 anos os meus pais disseram-me: Fizeste os 12 anos já tens um pouco mais de juizo, já tens permissão para atravessar a estrada. Meu Deus.. parecia que me tinha saido o Euromilhões, assim, naquele dia, não fiz mais nada, atravessei a estrada por 10 vezes.

Aos 12 anos, tornei-me "mulher" assim se dizia quando aparecia a menstruação, mas mulher?... Venha a bola, venha a cana... enfim.

Aos 12 anos achei que se era tão responsável podia tentar perceber como é que um foguete estalava no ar,  por altura da Festa, muitas vezes as canas e as bombas caiam perto de casa, então decidi apanhar uma bomba, abri-la e espalhar a pólvora (soube mais tarde que era pólvora) por cima do muro e sem pensar nas consequências, larguei um fósforo, podem calcular o que se passou a seguir... a cara e as mãos com queimaduras, tive sorte porque a cara felizmente, não têm nada, mas os meus dedos do lado direito da mão ainda hoje têm a marca das queimaduras.

Coisas de criança.

 

sinto-me: Uma flor a desabrochar
publicado por alzirota às 22:09

Sábado, 23 de Agosto de 2008

Cresci, num lar normal, da escola primária, não me recordo de praticamente nada.

Talvez porque não gostasse, talvez porque não aconteceu nada de significativo.

O pouco que ficou, foi que as dificuldades eram muitas para a maior parte dos meus

colegas de escola. Quando chovia muito, muitos alunos não podiam ir às aulas porque

as estradas não eram alcatroadas e ficavam a maior parte das vezes de tal maneira

inundadas, que não dava para as pessoas que viviam nos casais se deslocarem  até

à localidade.

Lembro-me contudo que davam muita roupa e sapatos para todos os que precisassem, e 

 na verdade eram muitos os que aproveitavam.

A escola para mim era um local terrifico, onde me sentava encolhida e só abria a boca quase à custa de um abre latas. Tinha um medo da professora que só Deus, sabe.
Mas eu tinha o meu grande momento, a altura em que saía para o almoço e quando terminavam as aulas, aí agarrava no meu saco do "farnel" e fazia dele um motor e ai vai

disto que é uma pressa... só parava em casa, ou azar dos azares, e acontecia muitas vezes,

quando dava um daqueles tombos, que não havia joelho que resistisse.

Assim que me apanhava em casa, pegava na bola, chamava os putos da minha rua e era verem-me a jogar futebol com uma carrada de rapazes.

Daí a alcunha de "maria- rapaz".

Mas pensam que ficava por aqui? Não, quando não jogava à bola, pegava numa cana, que era o meu cavalo e zás corria desenfreada com aqueles rapazes todos a brincar aos indios

e cowbois. Então e as bonecas? Não era para mim, nunca fui menina de brincar ás casinhas, era mais de brincar a tudo o que fosse brincadeira de meninos. Mas sabem ? Não estou nada arrependida.

Até amanhã.

 

 

publicado por alzirota às 21:57

Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008

 

 

Prosseguindo nas minhas memórias que penso provocar algum sorriso nas pessoas, decidi escrever sobre a forma como conquistei o meu marido.

Como escrevi na minha segunda crónica do blog, os livros cor de rosa escritos pela Corin Tellado, além de me fazerem sonhar, não deixavam de me ensinar alguma coisa.

Conheci o meu marido num desses bailes que se realizavam na minha juventude,funcionando como mola de conhecimento com outros jovens de outras localidades, no fundo, como não havia ainda as discotecas, era assim que as coisas funcionavam.

O meu marido nessa altura, e ainda hoje, era o que se chamava um "pão", e eu era o que se chamava um trinca espinhas, de maneira

que ele não reparou na altura, que eu existia.

Confesso que também não sei o que me levou àquele baile, eu até que nem gostava de bailes, mas assim que os nosso olhos se cruzaram senti uma seta a atravessar o meu coração e pronto, a minha cabeça nunca mais parou de pensar: como hei-de conquistá-lo?

Diziam-me que ele era um engatatão e que eu nem tinha unhas para arranhá-lo,mas eu já estava a elaborar um plano.

Tinha lido não à muito tempo, um livro da Corin Tellado, em que

a história era um pouco igual, o homem era uma beleza e ela um

patinho feio, o certo é que no final o patinho feio conquistou

o coração do cisne, então pensei…ora, se ela conseguiu, porque

não hei-de conseguir também ? Passei à prática.

Na primeira vez que me procurou… encontrou-me e fui abrindo aos

poucos o meu livro. Quando senti que ele estava a ficar convencido que me tinha conquistado… eu deixei de aparecer.

Desorientou-se e mandava recados por este, por aquele, um dia surgi à sua frente como se nada se tivesse passado.

Então, se não tínhamos qualquer compromisso, porque é que eu haveria de estar disponível para ele ao fim-de – semana?

Estou casada há vinte e três anos e cada dia que passa estou mais apaixonada.

Terror de te amar
 
Terror de te amar num sítio tao frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeiçao
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
Sophia de Mello Breyner Andresen
 
1975

 

sinto-me: apaixonada
publicado por alzirota às 18:41

Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

Tenho estado para aqui a pensar, sobre o que haveria de escrever hoje, se vou saltando um pouco as minhas memórias, se rejubilo com o grande feito de Nelson Évora, se escrevo sobre a minha indignação perante a atitude de certos "machos" que mais não são que uns cobardolas de merda, que sentem prazer em destruir a vida de uma mulher sobre vários aspectos que, decidi agora, não vou hoje debruçar-me ficando este tema para outro dia, pois para se analisar temas polémicos, a cabeça deve estar um pouco fria, ou corre-se o risco de não haver discernimento para explanar o assunto. Assim vou abrir um pouco mais o meu livro de memórias.

Cresci num ambiente católico e pratiquei durante muito tempo, fiz parte do coro da Igreja, fui catequista, lia com regularidade nas missas de Domingo e frequentei muitos cursos sobre temas religiosos.

Por um lado, foi bom pois cresci com principios, valores e regras, por outro lado, não foi tão bom, pois levei demasiado a sério certos assuntos.

Tinha 20anos e uma das minhas amigas estava a atravessar um momento da sua vida muito dificil,  pois não tinha apoio de ninguém a nivel familiar, apaixonou-se pela pessoa errada e sentiu que estava a ir pelo caminho errado, pediu ajuda à mãe,à tia e toda a gente fechou a porta, eu apercebi-me desta situação, e pensei... vieste de um curso que te ensinou a ajudar os outros, porque não ajudá-la ? Mas naquela altura eu era tão timida que achei que se me metesse onde não era chamada, podia ser escorraçada por ela, até porque podia eventualmente não estar devidamente preparada para a aconselhar, como tal fiquei no meu canto e entrei em desespero pois tinha falhado em toda a linha. Fiquei com uma depressão e durante dois anos estive em tratamento no Hospital Júlio de Matos.

Mais tarde já curada e com a aprendizagem que me deu esta experiência, namorei, casei e verifiquei com o tempo o quanto aquela lavagem ao cérebro de sermos assim e não fazermos assado, me estava a limitar na minha vida mais intima. Para mim o sexo com o meu marido não deixava de ser pecado, e então não me soltava, não me libertava,ou melhor não gozava.

Felizmente que aos poucos cheguei à conclusão que a minha intimidade, para mais com o meu marido pertence-me,e não creio que Deus, algum dia possa ter dito que o facto de querermos ser felizes e partilharmos tudo com alguém que amamos possa ser pecado. Deus até disse:" Crescei e Multiplicai-vos".

Eu uma crente até à medula, de repente verifico que o meu idolo: a Igreja, tinha pés de barro pois afinal, descubro, pedófilos, padres com filhos, e não me interessa prosseguir.

A partir de agora, ninguém absolutamente ninguém, me pode tirar a Fé que tenho num Ser superior, mas acreditar na instituição Igreja... que Deus me perdoe, mas deixei de acreditar nela.

Até amanhã.

sinto-me: enganada
publicado por alzirota às 17:37

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008

Quando criei este blog tive como intenção, desabafar as minhas tristezas, as minhas alegrias, os meus medos e provavelmente poder partilhar as minhas opiniões e as minhas memórias.

Há quem diga que um blog é como devassar a nossa vida privada. Pode ser desde que o permitamos, mas decerto que quando o criamos é porque quisemos fazê-lo.

Tenho 48 anos o que significa que ainda vivi alguns anos dentro de um regime de censura e nada democrático.

Em casa, ouvia-se a rádio russa (quando se apanhava) e com alguns sustos e medos de alguém descobrir esta traição ao País.

Mas o mais engraçado é que o meu avô, sei-o agora, que eu conheci como meu padrinho, meu tio, meu primo e sei lá que mais, era um foragido da Pide tendo estado inclusivé preso junto com Alvaro Cunhal, era um comunista ferrenho.

Fazia-me confusão como é que essa pessoa, podia ser tanta coisa ao mesmo tempo, primo, tio etc., mas eu gostava muito dele porque trazia-me sempre qualquer coisa, bonecas, caramelos espanhóis, assim se compra uma criança, toma lá disto e calas a boca porque ninguém devia saber que tal personagem tinha estado em casa.

O meu pai rejubilava porque assim sabia que o seu pai estava vivo, a minha mãe tremia que nem varas verdes, com medo daqueles que tinham a facilidade de saber tudo o que se passava dentro de casa de cada um.

Portanto, o meu avô, da parte do meu pai, ao andar fugido era um pinga amor de todo o tamanho, em cada terra ou país, deixava descendência, assim, o meu pai um belo dia apaixonou-se valentemente por uma menina que mais não era que uma sua irmã, do lado do pai.

Coisas do destino.

Os tempos eram outros, não sei o que eles teriam de melhor ou pior.

De melhor eu ser mais jovem, mas não tinha nada que se comparasse ao que existe hoje em dia, e as minhas diversões eram poucas ou nenhumas, claro existiam os bailes e a imaginação para fugir à falta de divertimento, ah e os livros cor de rosa da Corin Tellado, caramba cada vez que os lia, sonhava acordada e já me imaginava com todos aqueles luxos e mordomias.

Meu Deus, que desabafo tão longo, acho que por hoje fico por aqui, amanhã, se Deus quiser aqui estarei a divagar um pouco mais.

  

 

sinto-me: a divagar
publicado por alzirota às 15:01

Terça-feira, 19 de Agosto de 2008
...

CRIEI UM BLOG

Bem aqui estou eu a pensar como me vou desenrascar desta?

Sempre gostei de escrever, mas a preguiça por vezes, fala mais alto, e ...já era.

Então pensei, vou fazer um diário.

Diário ? Raios, isto já não se usa, porque não criar um blogue?

Então aqui estou eu, nasci no dia 19 de Agosto de 2008, ás 14,35 horas.

Hum, o que vou escrever?

Se fosse no papel, já teria gasto algumas folhas, é que não sai nada.

Tanta ansiedade, tanta loucura, pelo facto de fazer alguma coisa nas novas tecnologias e agora, não sai nada.

 

 

sinto-me: à nora
publicado por alzirota às 15:08

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